segunda-feira, 1 de março de 2010

Obey Your Master entrevista: Mônica Lourenço

Nessa entrevista vamos abordar vários assuntos relacionados á música ea Blade Master, na opinião da vocalista, inclusive sua decisão de sair da banda após alguns shows não confirmados.

Como você avalia a nova fase da Blade Master?
ML: Bom, agora que a banda está tocando apenas metalcore, a volta de quem tinha saído em um momento de pressão e estresse, e com apenas 3 membros na banda, eu acho que tudo vai ter que começar do zero, mudanças, abandono de hábitos prejudiciais em relação a banda, etc. Mas eu espero que tudo dê certo.

Você prevê um possível retorno a Blade Master em um futuro muito distante?
ML: Eu não sei dizer, sinceramente. A banda, os meninos, se tornaram parte da minha vida. Eu abraçei a causa da banda, e eu vou sentir muita falta. Eu estou saindo porque percebi que não estava dando conta da banda e dos mes outros assuntos, a cada dia fica mais difícil. Se eu vou voltar eu não sei, mas se der pra eu voltar, eu com certeza farei isso, e espero que a banda me receba de braços abertos.

Você acha que a mudança de estilo vai influenciar muito no nome Blade Master e em todo o legado que a banda tinha até hoje?
ML: Acho que sim. Um outro público vai ouvir a banda e vai poder opinar sober ela. A gente estava há muito tempo se dedicando mais ao new metal, e isso de certa forma desgastou um pouco os membros. A Blade Master começou como metalcore/ new metal, então eu não vejo motivos para grandes surpresas por parte do público, estamos tentando um aperfeiçoamento que com o new metal ficávamos limitados. Eu acredito que vá dar certo.

Como ficou o seu espírito de integrante da família Blade Master depois de grandes perdas e algumas conquistas?
ML: Bom, eu entrei na banda com ela formada...e até então eu tinha o desafio de fazer ela crescer. Após uma verdadeira ''dança das cadeiras'', chegou momentos em que eu fiquei cansada, aborrecida. Mas eu ainda queria lutar pela banda, e toda vez que a banda conquistava algo a minha força se renovava, e infelizmente eu nao vou poder fazer parte do caminho dela por muito mais tempo.

E como você se sentiu depois que o único integrante sobrevivente e fundador da banda se reuniu com o ex-guitarrista e co-fundador da banda para tocar algo diferente do que a banda fazia no passado?
ML: De primeira eu fiquei surpresa, e cheguei a duvidar que fosse dar certo, porque o Alexandre volta e meia saia da banda. Isso aconteceu umas 2 vezes, e eu estava realmente ficando muito aborrecida e irritada com isso. Pra mim ficou parecendo que a banda era um ''brinquedinho de final de semana'', e eu defendo a banda da maneira que eu posso. Ele resolveu seguir o seu estilo e eu achei que tudo ficaria bem, com a volta dele eu fiquei meio apreensiva, mas já que o objetivo inicial foi retomado com uma proposta nova e que fará a banda crescer principalmente no aspecto técnico eu passei a ter confiança.

O que você acha de uma possível volta do primeiro baterista Adriano a banda?
ML: Eu acho improvável. Coisas sérias aconteceram e agora como a vida de todo mundo está diferente do que era naquela época, não é provavel. Além disso, a banda está em um nível em que ele teria que abdicar de todo o tempo dele pra alcançar a banda.

Como você avalia o nível musical das bandas em Manaus tanto de New Metal quanto de Metalcore? Você acha que as bandas de Manaus dos dois cenários estão indo muito pelo modismo da TV?
ML: Sempre tem aquelas bandas que só tocam o que aparece na Mtv, por exemplo. Mas por outro lado eu vejo bandas que buscam bandas boas e nao tão conhecidas, prefiro não citar nomes, porque isso sempre dá confusão, mas em Manaus o público ainda é dominado pela tv e pelo rádio, parece que existe uma indiferença com oque nao é ''aprovado'' pelas grandes midias, então logo a gente acaba se anulando. A gente (o público) é que deveria decidir oque toca na rádio ou passa na tv, mas todo mundo apenas aceita o que eles impõe. Não estou dizendo que eu odeio tv e rádio, eles promovem bandas. Eu estou dizendo que a maioria das pessoas nao sabe usá-las a seu favor.

O que você acha das bandas de Manaus de Metalcore e de New Metal se influenciarem a tocar para o público covers da ''modinha'' do estilo?(Metalcore = The devil wears prada. New metal = Korn, Slipknot e SOAD). Você acha isso muita falta de informação sobre tais estilos ou empolgação?
ML: Eu não posso generalizar e dizer que é falta de informação, ou de vontade de pesquisar ou empolgação. Cada banda é uma banda, eu conheço bandas que tocam Slipknot e Korn porque se identificam muito, outras que tocam System of a Down porque não pararam pra ouvir outras bandas, etc. Eu seria hipócrita julgando. Mas eu vejo muita gente que fica fazendo pose, exibindo sua postura de ''mal encarado'' só pra ser aceito por um determinado grupo. Acho isso uma falta de personalidade, conheço gente que ouve black metal, death metal, metal progressivo e são pessoas educadas, que não ligam pra poses ou rótulos, assim como eu já vi gente que anda com a camisa do Iron Maiden, com crucifixo de cabeça pra baixo, que ser ''extremo'', quando só ouve uma banda e não procura nem conhecer o que ouve. Isso na minha opiniao é preguiça de pensar.

Você acha que os meios de comunicação hoje em dia vendem muita imagem e pouco conteúdo musical ao público jovem do rock? Cine e Restart são exemplos disto?
ML: Sim. A maioria das bandas que nascem hoje em dia fazem isso. É como uma boy band versão rock (se é que tem rock ai né). Eu não conheço 'Restart' nunca ouvi falar, mas quanto a outra banda, eu ouvi uma faixa ou duas e não vi conteúdo interessante ou que não fosse superficial, não posso falar totalmente da banda baseada em 2 faixas, mas me pareceu a Britney Spears de calças acompanhada de uma franja e mais alguns meninos.

Qual a sua expectativa para a banda daqui para frente?
ML: Eu espero que agente definitamente conquiste membros fixos, porque sem isso o espírito da banda fica comprometido na minha opinião, essa é minha primeira expectativa e objetivo, o resto com trabalho e esforço vem com o tempo.

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